História
Diversos povos ocuparam e influenciaram Marrocos ao longo da história. Os fenícios foram pioneiros desta exploração e tiveram um papel significativo na formação das comunidades locais, conhecidas como povos púnicos. Após a conquista pelo Império Romano, o país experimentou, influências marcantes, especialmente nas áreas de arquitetura, urbanização e na disseminação do cristianismo.
O Império Árabe desempenhou um papel fundamental na conversão dos berberes do Magreb ao Islamismo, posteriormente tornando-o a religião dominante na região. Séculos mais tarde, durante as guerras de reconquista, os reinos cristãos da Europa expulsaram os mouros de volta para o continente africano.
Com uma história tão diversificada, Marrocos é um país rico em cultura, costumes e tradições. O árabe e o berbere são as línguas oficiais, mesmo que, muitos marroquinos também falam francês e espanhol devido às influências coloniais e históricas.
Gastronomia
Em Marrocos, a arte culinária reflete o rico e variado património cultural do país. Pratos emblemáticos como Couscous, Tajine, Pastilla, Mrouzia e R’fissa são muito populares no Reino.
Nos mercados, os vendedores de especiarias exibem uma variedade de cores nas suas bancas. Apresentam-se, nesse sentido, cestas de tecido e plástico, especiarias desde canela, cominho, gengibre, sésamo a pimenta preta.
Os produtos locais, representando uma riqueza incomparável, incluem especiarias como:
- Açafrão – também conhecido como “ouro vermelho”, possui uma cor vermelha e um aroma imponente. Produzido na região de “Taliouine”, tornou-se um produto popular na cozinha, bem como para fins terapêuticos e medicinais ao longo dos anos.
- Azeite de argan – por outras palavras, “ouro líquido”, é cada vez mais procurado por aqueles preocupados com saúde e beleza. Extraído do arganeiro, nativo do Sul do país, este óleo possui inúmeras virtudes, utiliza-se com, assim sendi, nas áreas da cosmética e terapêutica.
- Água de flor de laranjeira – cultiva-se e destila-se, principalmente, na região de Khemisset, é altamente valoriza-se na culinária e na cosmética, maioritariamente. É conhecida como água de flor de Neroli, usa-se para aromatizar bolos.
- Pêra Fricassilva – uma fruta presente no sudoeste de Marrocos, oferece diversos benefícios, quer para a saúde, incluindo propriedades anti-inflamatórias, quer para fins terapêuticos.
Costumes
Dentro dos mercados, os artesãos habitualmente trabalham diante dos clientes em áreas como o couro, os metais e a joalharia. Na cultura marroquina, é comum que as trocas comerciais se efetuem em locais específicos mediante negociação, sem, surpreendentemente, a existência de preços definidos.
Em Marrocos, por tradição, as refeições fazem-se com a mão direita e o pão é, sobretudo, um acompanhamento presente em todas as mesas, também utilizado para auxiliar na alimentação. Geralmente, os pratos servem-se em uma única travessa compartilhada. Contudo, nos restaurantes, oferece-se a opção de utilizar talheres, caso o cliente não se sinta confortável em comer com as mãos.
A cultura artesanal marroquina é, certamente, expressa nos mercados e souks, onde os artesãos trabalham diante dos olhos dos clientes, seja com couro, metais, joias ou mesmo no processo de curtimento de peles. Negociar é parte integrante desta cultura.
Desporto
O futebol é, acima de tudo, o desporto mais popular em Marrocos, especialmente entre os jovens urbanos. No evento em 1986, Marrocos tornou-se o primeiro país árabe africano a avançar para a segunda fase da Copa do Mundo da FIFA. Na Copa do Mundo de 2022, a Seleção Marroquina fez história, com toda a certeza, tornando-se o primeiro país africano a chegar às semifinais do torneio e garantindo o quarto lugar na competição. Contudo, ainda que inicialmente planeado para sediar a Copa das Nações Africanas em 2015, Marrocos optou por recusar a hospedagem do torneio nas datas previstas por causa da preocupações com o surto de ebola no continente.
Roupa
Em Marrocos, as pessoas valorizam a roupa pela sua estética, pela sua funcionalidade e pela sua adequação para o ambiente local. Na cultura marroquina, considera-se desrespeitoso expor excessivamente a pele em público. Assim sendo, muitos são levados a optarem por trajes que cobrem quase todo o corpo. Condições climáticas como áreas com areia e vento, podem influenciar esta prática.
Um exemplo emblemático dos trajes marroquinos é a Djellaba, uma túnica longa com mangas largas que pode incluir um capuz chamado qob, frequentemente pontiagudo para proteger do sol e do frio. Tanto homens como mulheres podem usar esta peça, sendo uma parte essencial do vestuário tradicional.
Outro traje tradicional é o Kaftan, especialmente popular entre as mulheres. Assim como a Djellaba, é longo e amplo, adequado para o uso diário, pois é elegante o suficiente para ocasiões especiais como festas e casamentos. Muitas mulheres optam por adicionar um cinto do mesmo tecido para definir a cintura e proporcionar uma silhueta mais elegante.
Adorava ir a Marrocos só para poder comer tajine