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A História da África do Sul é marcada por uma rica diversidade étnica e pelo legado do apartheid, influenciando a sua evolução sociopolítica e cultural.

datas importantes da África do Sul

Ossos ancestrais de Homo naledi

Em 2013, investigadores encontraram os Homo naledi na África do Sul. Estes primos distantes do homem possuíam um cérebro do tamanho de uma laranja. A espécie habitou a Terra durante o Pleistoceno Médio, aproximadamente entre 335 000 a 236 000 anos atrás. [1]

cranios encontrados na África do Sul

A diversidade étnica na história da África do Sul

Atualmente, a África do Sul tem uma grande diversidade étnica. Com 58 grupos étnicos reconhecidos, a nação é um conjunto de culturas, idiomas e tradições.

Apesar disso, os sul-africanos negros, que representam cerca de 80,48% da população compõem um grupo diversificado. Este grupo engloba várias etnias, incluindo os Zulu, Xhosa, Basotho, Bapedi, Venda, Tswana, Tsonga, Swazi e Ndebel. [2]

tribo Zulu
Povo Zulu

Por outro lado, o grupo étnico mais multicultural representa 8,79% da população e consiste em pessoas de descendências multiétnicas. Algumas etnias comuns incluem afrodescendentes, caucasianos, chinês e malaio. [2]

Assim, os sul-africanos de ascendência europeia, que incluem os ​​holandeses, franceses, alemães e ingleses, representam pouco mais de 8% de toda a população sul-africana. Além disso, cerca de 61% deles identificam-se como Afrikaners e falam Afrikaans, um idioma que originou-se a partir do holandês.

Além disso, esta diversidade étnica é um reflexo da complexa história sul-africana e contribui para a riqueza cultural da África do Sul. No entanto, também apresenta desafios, pois a África do Sul continua a lidar com as consequências do apartheid e busca construir uma sociedade mais igualitária e inclusiva. Ainda assim, a diversidade étnica é uma das suas maiores forças, oferecendo uma rica coleção de experiências e perspectivas.

Apartheid

O apartheid marcou profundamente a população sul-africana. Em 1948, o Partido Nacional da África do Sul implementou o apartheid, um regime que impôs uma segregação racial rigorosa, discriminando assim as pessoas de cor e restringindo os seus direitos políticos, sociais e económicos. [3]

Contudo, nas décadas de 1950 a 1990, o movimento anti-apartheid, liderado por figuras proeminentes como Nelson Mandela, Walter Sisulu e Oliver Tambo, ganhou força. Estes ativistas organizaram protestos, boicotes e resistência civil não só dentro mas também fora do país para combater o apartheid.

Imagem de Nelson Mandela
Ilustração do Nelson Mandela

“Sonho com o dia em que todos levantar-se-ão e compreenderão que foram feitos para viverem como irmãos.”

Nelson Mandela

Contudo, Nelson Mandela, um líder influente do Congresso Nacional Africano (ANC), foi preso em 1962 devido às suas atividades anti-apartheid. Esta figura influente da História da África do Sul foi libertada em 1990, marcando o início do fim do apartheid, dessa maneira o Nelson Mandela teve um impacto significativo na transição da nação para uma sociedade mais justa e igualitária. [4]

Conclusão

Acima de tudo a história da África do Sul, marcada pela diversidade étnica e pelo legado do apartheid, moldou sua evolução sociopolítica e cultural. Em contrapartida houveram descobertas como os Homo naledi em 2013 destacam sua rica história. Apesar dos desafios do apartheid, o movimento anti-apartheid liderado por Nelson Mandela trouxe mudanças.

Fontes [1]-WILFORD, John Noble. “New Species in Human Lineage Is Found in South Africa Cave.” New York Times, ISSN 03624331, September 2015.
[2]-SANTOS, Filipe Marques Maforte dos. A grande África do Sul e suas maravilhas. São Paulo/Mogi das Cruzes: Colégio Milenium Construtivo, 2020.
[3]-Apartheid | South Africa, Definition, Facts, Beginning, & End | Britannica
[4]-“How Nelson Mandela fought apartheid—and why his work is not complete.” National Geographic, July 17, 2020